Archive for maio, 2011

PILATES X ESTENOSE DO CANAL VERTEBRAL

Pilates X Estenose do canal medular

Estenose do canal medular é o estreitamento anormal das estruturas ósseas ou ligamentosas do canal vertebral.

A etiologia pode ser:congênita,protusão discal,espondilolistese,osteófitos,entre outras causas.

Pessoas normais têm espaço suficiente no canal e recessos laterais para moldar e deslizar,logo os movimentos da coluna,como girar,flexionar ou alongar não produzem sintomas clínicos.Entretanto se o tamanho do canal é mais estreitado por proliferações ósseas ou ligamentosas os sintomas podem aparecer.

A dor pode resultar do impacto direto no nervo,mas pode ocorrer obstruções  que podem bloquear parcialmente canais linfáticos e venosos na dura máter.O aumento do fluido cerebroespinhal abaixo da obstrução pode também causar o colapso do retorno venoso e produzir anóxia estagnada.

A integração de fatores causativos provoca a irritação da raiz nervosa que ajuda a explicar os sintomas de dor lombar e na perna.A estenose pode ser o elemento mais importante na determinação dos sintomas e suas gravidades,resposta ao tratamento e prognóstico.Um paciente pode ter uma grande protusão do disco e um grande diâmetro do canal vertebral e do recesso lateral e ,portanto,não apresentar sintomas,enquanto que a mesma protusão de disco pode causar alterações motoras e sensoriais graves em um paciente com um canal estenótico.A raízes nervosas situam-se confortavelmente dentro do recesso lateral.As raízes de L5 e S1 são mais vulneráveis a compressão de um disco intervertebral em protusão do que as raízes lombares mais altas situando-se dentro de um forame vertebral mais arredondado.

A compressão da raiz nervosa pode,por diferentes mecanismos neurofisiológicos como:induzir a fraqueza ou “peso” nas pernas ,alterar a sensibilidade(dormência, formigamento ou sensação de calor e frio) e dor,

A maioria dos casos de estenose espinal ocorrem na região lombar (estenose espinhal lombar), afetando os nervos que são responsáveis pelos movimentos das pernas

Os exercícios de Pilates realizados com o aluno deitado de bruços sobre o abdome, com a cabeça voltada para um dos lados ou em pé podem ser desconfortáveis. Se o aluno preferir deitar de bruços, pode-se colocar um travesseiro sob o estômago para criar uma pequena quantidade de flexão da coluna vertebral.

O PILATES participa em todo o processo do tratamento e manutenção no pós-tratamento de forma muito efetiva. O método atua na orientação, informação, condicionamento físico, postural e mental, promovendo a saúde do corpo e mente.

O pilates traz um alívio as dores crônicas,em especial aso problemas de coluna. O método abrange o nosso corpo de uma maneira uniforme, onde busca fortalecer, equilibrar e alongar a musculatura da coluna vertebral, trazendo um maior alinhamento e em determinados casos,  uma descompressão das tensões existentes. Além disto, o Pilates   proporciona  um alívio de pinçamentos e compressões dos discos, o que gera um estímulo à circulação na região.

10 de maio de 2011 at 20:49 Deixe um comentário

pilates na sindrome do piriforme

Pilates na Síndrome do piriforme

A Síndrome do Piriforme é uma irritação do nervo ciático provocada pelo aumento da tensão ou espasmo do músculo piriforme.

O piriforme é um pequeno e profundo músculo em forma de pêra que se origina na superfície pélvica do sacro (porção final da coluna) e conecta-se no trocanter maior do fêmur (osso da coxa). Sua principal função é promover a rotação externa da coxa ou mover a mesma lateralmente, função esta, realizada com o auxílio de outros cinco músculos localizados na parte profunda do quadril, sob os glúteos. São os músculos rotadores.Ele também auxilia na abdução da coxa. O nervo ciático passa debaixo deste músculo, mas em algumas pessoas (10%) ele passa através dele, o que aumenta a predisposição para a síndrome. Se o músculo, por algum motivo, sofrer uma tensão, pode haver compressão do nervo ciático, causando dor e irradiação para as pernas.

Achados clínicos mais comuns

Compressão dolorosa do ciático na região glútea

Atrofia isolada do músculo glúteo máximo

Dor com rotação interna forçada com a coxa estendida(sinal de freiberg)

Dor contra a resistência da abdução e rotação externa da coxa(sinal de pace)

Alguns sintomas

Dor na região profunda da nádega, em queimação e que normalmente desce até a perna. Ela pode aumentar quando a coxa é movimentada para fora, por exemplo, quando a pessoa está sentada e cruza as pernas

Também pode haver dormência e formigamento em direção às pernas e uma lombalgia indicando o comprometimento do ciático.

A dor pode ser causada por trauma no local (queda de própria altura), hiperlordose,em atletas (maratonistas, ciclistas e praticantes de spinning), subir escadas(muita vezes), atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais também podem auxiliar no desenvolvimento da dor. O excesso de exercícios que enfocam os glúteos conduz a um aumento rápido e exagerado dos glúteos podendo causar compressão do nervo ciático e inflamação (neurite).

Ficar sentado por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa diminui o fluxo sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos à ele também) provocando uma  contratura deste músculo (“Síndrome Dolorosa Miofascial”) que comprime o nervo ciático em seu trajeto na região glútea.

Pilates

O Pilates pode agir tanto na prevenção como no tratamento desta síndrome.
A prevenção pode ser realizada através de um programa de exercícios individualizados que envolvem,  alongamentos\fortalecimento dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril, mobilização de quadril e membros inferiores,utilizando-se dos aparelhos criados por Joseph Pilates,a faixa elástica,a bola e o círculo mágico
O Pilates no auxílio do tratamento desta síndrome, tem como objetivo  permitir o retorno ao esporte e as atividades da vida diária de forma segura e efetiva e com mais qualidade de vida. São focados os movimentos, força e flexibilidade dos membros inferiores, exercícios de transferências e que simulam o caminhar, o trote, a corrida, mudanças de direções e saltos, sempre adaptados à individualidade do indivíduo, objetivo, e no caso de atletas e esportistas, à especificidade da modalidade.

10 de maio de 2011 at 18:02 Deixe um comentário

classificação de funcionalidade,incapacidade e saúde(cif)

cif

4 de maio de 2011 at 21:14 Deixe um comentário

mobilização neural

MOBILIZAÇÃO NEURAL – Novo conceito manipulativo

 

Embora há mais de um século se saiba que lombalgias, lombociatalgias, cervicalgias e cervicobraquialgias, entre outras desordens músculo-esqueléticas apresentam origem neural, somente nos últimos vinte anos a Fisioterapia começou a se interessar mais profundamente na busca de tratamentos eficazes para esses distúrbios. Até então o foco de atenção era centrado no atendimento de pacientes com condições neurológicas provocadas por danos cerebrais, como o AVC, ou em lesados medulares ou com traumatismo craniano Esse interesse teve início em 1997 com o fisioterapeuta australiano, dr. Robert Elvey, ao iniciar o desenvolvimento de pesquisas em relação aos problemas neurais.
Quem relata esse quadro é o dr. Toby Hall, fisioterapeuta também australiano (e também de Perth), que foi um dos discípulos de Elvey e, depois, trabalhou com ele por cerca de dez anos pesquisando alternativas de tratamento para pacientes com distúrbios neurais, até chegarem ao conceito de mobilização neural.
“No fundo, o conceito de mobilização neural é bastante simples”, garante o dr. Hall. “Estamos abordando o sistema nervoso periférico, basicamente as raízes nervosas, até a sua inervação na periferia. O paciente pode apresentar dois tipos de problemas neurais. O primeiro é quando o nervo é danificado por compressão ou por um trauma direto, provocando até uma secção. A compressão é o problema menos comum do que a secção. O que mais observamos é a inflamação neural, trazendo como conseqüência a neurite”, relata o dr. Hall.
“Esta inflamação pode ter várias origens. Uma delas, por microtraumas repetitivos. Um exemplo típico é uma pessoa que trabalha por longos períodos de tempo com computador, com uma postura inadequada em sua estação de trabalho com má ergonomia, provocando dores nos braços ou na região cervical. Ocorrerá uma inflamação das raízes nervosas, que acabam desenvolvendo um processo inflamatório. O nervo se torna muito sensível e se a pessoa fizer qualquer tipo de alongamento, ele será muito dolorido e irá agravar o problema”.
O dr. Toby Hall fez uma pesquisa com um número representativo de pacientes com dores crônicas nos ombros e observou que um terço das dores tinha origem neural. “Analisando pacientes que encontramos no Brasil, notamos que também um terço deles apresentava quadros de origem neural. É por isso que o fisioterapeuta brasileiro, como de qualquer outro lugar do mundo, precisa saber diagnosticar e tratar o problema neural corretamente”.
O dr. Hall enfatiza a necessidade do fisioterapeuta efetuar o diagnóstico funcional. “As condições desse paciente poderão ser melhoradas precocemente se esse paciente for tratado de forma apropriada. Se não for elaborado um diagnóstico correto, supondo, por exemplo, que o problema é de origem articular ou muscular, quando na verdade é neural, estaremos agravando ainda mais a situação. A utilização de condutas inadequadas, como por exemplo o alongamento, só complicará o quadro do paciente”.
“O estudo que fizemos com vários pacientes com longas histórias de dor – de até 20 anos – sem que se conseguisse fazer um diagnóstico correto porque os profissionais envolvidos não haviam se aprofundado nos problemas neurais, é muito sintomático. Recentemente, aqui mesmo no Brasil, conhecemos uma pessoa com uma história de dez anos de dor no braço, que a levou a duas cirurgias do túnel do carpo em razão de se acreditar ser essa a origem do problema. No entanto, constatamos a inapropriação dessa cirurgia. Os testes com eletromiógrafo, realizados por três vezes, apresentaram resultado normal, mas quando avaliamos a paciente, verificando se apresentava problemas inflamatórios ou de sensibilização, ficou claro que o problema tinha origem neural e, já no primeiro atendimento, apresentou sensível melhora”.
Como tratar? – “Basicamente mediante indicação de terapias manipulativas”, propõe o dr. Hall. “Antes de mais nada é essencial o diagnóstico funcional, realizado pelo fisioterapeuta.. O diagnóstico correto só é obtido através de uma avaliação criteriosa, que deve passar por pelo menos sete testes:

  • avaliação postural,
  • teste de movimento ativo,
  • teste de movimento passivo,
  • testes provocativos neurais,
  • palpação,
  • palpação da coluna
  • exame neurológico.

 Se concluímos que a origem do problema é por compressão ou danificação do nervo, utilizamos técnicas específicas para descomprimir esse nervo, para que recupere sua função normal. Se o diagnóstico apontou para inflamação ou sensibilização do nervo, utilizamos recursos de desensibilização, variáveis de acordo com cada paciente. Alguns pacientes apresentam problemas mais severos do que outros e, em conseqüência, cria-se o tratamento adequado. A manipulação também é adotada em função do nervo afetado. Por exemplo, no nervo superior, poderá estar afetado o radial, o mediano ou algum outro. Detectar exatamente qual é o nervo afetado é fundamental para o tratamento correto”.
“O tratamento é progressivo”, lembra o dr. Hall. “Não se cura o paciente com apenas um atendimento. O tempo de tratamento varia de duas semanas, para casos mais suaves, até três meses. E o tratamento é basicamente sempre com terapia manual.em sua fase inicial. Quando o paciente inicia a apresentação de sinais de melhora, soma-se a cinesioterapia, porque é muito importante que o paciente repita em sua casa o mesmo trabalho que é efetuado na clínica”.
“Algumas vezes temos pacientes com problemas não apenas neurais mas também em outras estruturas. Um bom exemplo é o ombro doloroso, no qual o paciente apresenta dor por um longo tempo e não consegue mover o braço de forma apropriada. Secundariamente ao problema neural, ele apresenta problemas restritivos na articulação e, além disso, seus músculos tornam-se disfuncionais. A seqüência de tratamento deve ser a do nervo, em primeiro lugar, para em seguida, com os resultados de melhora, trabalhar com a articulação e o músculo. Muitos pacientes, só com o tratamento do problema neural, apresentam melhora sensível em seu estado geral”, resume o fisioterapeuta..
Para o dr. Toby Hall, é estimulante verificar que cada vez mais os fisioterapeutas começam a entender o conceito de mobilização neural, lembrando de pacientes que tiveram no passado e que apresentavam quadros que poderiam ser associados a problemas neurais, mas que deixaram de ser assim tratados.
“Se um paciente procura o fisioterapeuta encaminhado por um médico e chega com um diagnóstico clínico (por exemplo, uma lombociatalgia com uma ressonância magnética indicando uma protusão discal), é o fisioterapeuta que fará o diagnóstico funcional dessa lombociatalgia, para definir as condutas a serem adotadas”. Ele cita casos em que pacientes foram tratados pelo conceito da mobilização neural, aliviando e ao final eliminando as dores que sentiam, embora as ressonâncias solicitadas ao final do tratamento continuassem a indicar a mesma protusão e com a mesma dimensão.
“Muitos pacientes apresentam hérnia discal sem nenhum sintoma de dor. Mesmo assim o atendimento fisioterapêutico é fundamental, porque a dor que o paciente apresenta pode não ter relacionamento com o achado laboratorial. A ressonância não avalia o movimento, não é um teste funcional. Quem sabe avaliar o movimento é o fisioterapeuta. O fisioterapeuta deve verificar se o que encontrou em sua avaliação está coincidindo com o indicado no resultado clínico ou laboratorial. É muito importante tratar o paciente e não a ressonância…”, conclui o fisioterapeuta.

Autor: Revista O Coffito edição 21
 Fonte: Revista O Coffito edição 21

4 de maio de 2011 at 20:50 Deixe um comentário


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